Sete em cada dez operações bancárias feitas no Brasil em 2021, de um total de 119,5 bilhões de transações, foram realizadas pela internet e pelo celular, revela o terceiro volume da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2022, conduzida pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 28% nas operações com smartphones, que totalizaram 67,1 bilhões e representam 56% do total. As transações por internet banking aumentaram 6%.
A movimentação financeira pelo celular teve crescimento de 75% no ano passado, passando de 9,3 bilhões de transações para 16,3 bilhões de operações. A pesquisa também revela que as transações relacionadas a pagamentos cresceram 72% no mobile banking.
“Os resultados da pesquisa refletem o novo perfil de nosso cliente que busca e encontra conveniência, comodidade, segurança e rapidez nos canais digitais dos bancos. Houve uma inequívoca mudança de comportamento dos consumidores nas atividades de diversos setores da economia, que deixam de ir à agência bancária, porque conseguem realizar a quase totalidade das transações nos meios eletrônicos. Levamos a agência e o banco para a palma da mão do cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana”, avalia Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.
O cliente de aplicativo bancário acessa o seu banco, em média, 40 vezes por mês, praticamente o dobro das 24 vezes registradas do ano anterior. Já a média de logins por cliente heavy user no aplicativo no celular (aquele que realizou mais de 80% das suas transações financeiras e não financeiras neste canal em um período de 3 meses) chegou a 59 vezes por mês no ano passado ante 57 em 2020.
A abertura de contas correntes feitas pelos canais digitais em 2021 chegou a 10,8 milhões, expansão de 66% ante o ano anterior. Pela primeira vez, a abertura de contas pelos meios eletrônicos foi maior que nos canais físicos, que totalizaram 9,9 milhões, 16% a mais do que em 2020.
Pix
Pelo segundo ano, a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária traz um capítulo sobre transações com Pix. De acordo com o levantamento, no período entre março de 2021 e março de 2022, o número de usuários que pagaram mais de 30 Pixs por mês cresceu 809%, enquanto a base geral de usuários cadastrados cresceu 72%. Já a base de usuários que receberam mais de 30 Pix por mês avançou 464%.
O levantamento detectou que o ritmo de expansão de recebimento de mais de 30 Pix por mês em pessoas físicas é maior do que em pessoas jurídicas, o que sinaliza a oportunidade de expansão da ferramenta de pagamentos instantâneos em comércios e serviços.
“O sucesso de adesão e do uso do Pix demonstra o interesse do brasileiro em interagir com a tecnologia. O meio de pagamento trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do dia a dia e tem se mostrado uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país. Um dos focos da agenda do processo de evolução do Pix é adicionar funcionalidades e impulsionar as transações entre pessoas e empresas”, avalia Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da FEBRABAN.
Open Finance
De acordo com a pesquisa, aos poucos, os consumidores concedem o consentimento para compartilhamento de dados entre os bancos no Open Finance. Entre dezembro de 2021 e abril de 2022, a quantidade de usuários pessoa física que deram consentimento para doação de dados cresceu 18%, enquanto de pessoas jurídicas, a expansão registrada foi de 60%.
“O nível de compartilhamento dos dados tende a aumentar à medida que o ecossistema demonstre valor ao cliente final. Ou seja, o consumidor tem que perceber os benefícios do Open Finance, como, por exemplo, a facilidade de consolidação e organização dos seus dados financeiros que lhe proporciona uma melhor experiência bancária”, destaca Sérgio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a indústria de serviços financeiros.
O estudo mostra que 95% dos consumidores pessoa física preferem dar consentimento de 12 meses para compartilhamento de dados no Open Finance. No caso de pessoa jurídica, o percentual é de 92% para um período de 12 meses.
Sobre o tipo de dados compartilhados, a pesquisa revela que, no caso de pessoa física, até abril de 2022, 33% dos dados compartilhados foram de contas (limite, extrato e saldo), 23% dados obrigatórios (dados cadastrais e informações complementares), 22% para dados de cartão de crédito (limite, fatura e transações), e 22% sobre dados de operação de crédito (direitos creditórios descontados, financiamentos, adiantamentos a depositante e empréstimos).
Em relação à pessoa jurídica, os dados de contas aparecem em primeiro lugar com 34%, seguidos de dados de operação de crédito (30%), dados obrigatórios (20%) e dados de cartões de crédito (16%).
Mais destaques do 3º volume da pesquisa
Seguros
- Em 2021, 57,5 milhões de seguros foram contratados na rede bancária, sendo 80% deles nos canais físicos (agências e postos de atendimento bancários), seguido por mobile banking, com 9%.
- Os seguros mais renovados são o de Auto, Vida e Cartões.
- A pesquisa detectou que os bancos estão apostando em inovação e personalização para a transição para o Open Insurance (expansão do sistema aberto para mercado de seguros): 54% dos respondentes disseram que focam na inovação de produtos e cobertura de novos riscos; 54% trabalham na personalização de canais e produtos; 46% utilizam mais analytics na tomada de decisões, entre outras respostas.
Agências e outros canais
- Apenas 3% das transações bancárias são feitas em agências. No ano passado foram 3 bilhões de operações ante 3,2 bilhões em 2020, reforçando mais uma vez o novo papel deste canal físico, com a oferta de outros serviços dedicados à consultoria para contratações de investimentos, crédito, seguros, previdência complementar ou renegociação de dívida.
- No ano passado, as operações em caixas eletrônicos (ATMs) caíram 11% e, nos correspondentes bancários, houve queda de 8%. Por outro lado, as transações com POS (maquininhas de cartões) cresceram 10%.
Sobre a pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2022
A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária chegou à sua 30ª edição e neste ano passou a ser divulgada em três fases. Neste terceiro volume, a pesquisa explora as transações bancárias. Para essa etapa, a coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico entre abril e junho deste ano. Vinte e dois bancos responderam o formulário, o que representa 87% dos ativos da indústria bancária no País.
A segunda etapa, divulgada em maio, revelou e detalhou os investimentos feitos em tecnologia pelos bancos em 2021, e também traz uma estimativa de orçamento para este ano.
O primeiro volume destacou qual é a agenda e quais são os investimentos prioritários dos bancos brasileiros em tecnologia em 2022 e foi divulgado no início de abril.
Confira o terceiro volume da pesquisa neste link.
Sobre a Deloitte
A Deloitte é a maior organização de serviços profissionais do mundo, com 345 mil pessoas gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países. Com 177 anos de história, oferece hoje serviços de auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com 6.500 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 15 escritórios. Para mais informações, acesse: www.deloitte.com.br.
A Deloitte refere-se a uma firma-membro da Deloitte, uma de suas entidades relacionadas, ou à Deloitte Touche Tohmatsu Limited (“DTTL”). Cada firma-membro da Deloitte é uma entidade legal separada e membro da DTTL. A DTTL não fornece serviços para clientes. Por favor, consulte www.deloitte.com/about para saber mais. A Deloitte é líder global em auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de riscos, consultoria tributária e serviços correlatos. Nossa rede de firmas-membro, presente em mais de 150 países e territórios, atende a quatro de cada cinco organizações listadas pela Fortune Global 500®. Saiba como os 345.000 profissionais da Deloitte impactam positivamente seus clientes em www.deloitte.com
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